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História das Drogas na Holanda

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Mensagem  Admin Sáb Mar 09, 2013 3:39 am

História das Drogas na Holanda

A Holanda, também como a Inglaterra, esteve envolvida no comércio de ópio por muitos séculos. Na época, sua colônia principal na Ásia era a Indonésia. Antes da chegada dos colonizadores Holandeses, o consumo desse tipo de droga nessa região ainda não era comum, mas isso mudou quando os comerciantes holandeses começaram a importá-la de países como a Índia e a Turquia, tornando-se um negócio muito rentável.

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Para proteger este comércio o governo criou algumas leis que proibiam os estrangeiros de importarem ópio e proibiram também a produção dele na Indonésia de modo a protegerem sua importação de qualquer tipo de competição.
No final do século dezenove, alguns grupos na Holanda começaram a criticar a forma como o país tratava a população da Indonésia. Surgiu então nessa época algum interesse na obsessão pelo ópio entre a população. Algumas pessoas reclamaram da proibição dele aí aconteceram discussões quentes no parlamento sobre esse assunto. Frequentemente eram feitas comparações com o álcool que na época era usado de uma forma exagerada na Holanda. Argumentaram entre si se o ópio era ou não mais perigoso do que o álcool, invocaram-se razões culturais, deixando claro que seria tão estúpido proibir o ópio lá como o álcool na Holanda.

De qualquer modo o governo holandês não queria perder o rentável negócio do ópio e com isso optou por prometer que tentaria reduzir os problemas relacionados com a obsessão por esse tipo de droga. A maior mudança na política da Holanda, foi a governamentalização do comércio do ópio, sendo assim a sua venda era apenas permitida nos estabelecimentos do governo. Desta maneira conseguiram controlar a situação, e continuar a colher rendimentos, até que o Japão invadiu a Indonésia em 1942.

Entretanto na Holanda, a chamada 'lei-do-ópio' foi implantada em 1919, que proibia a venda e a posse de ópio na Holanda. Algumas pessoas pensam que o principal motivo para a introdução desta lei, foi por causa da necessidade de combater o contrabando dele para a Indonésia, na medida que o consumo era praticamente inexistente na Holanda, com exceção de pequenas comunidades de marinheiros chineses que viviam em Amsterdã e Roterdã, que continuaram o seu consumo, já que tal prática era tolerada entre eles. Em 1928, e como resultado de pedidos feitos por outros países, foram acrescentadas outras substâncias, nomeadamente a cocaína e a cannabis. Nessa época não existia na Holanda qualquer hábito no consumo destas substâncias .

A marijuana foi introduzida na Holanda depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente por intermédio dos soldados e dos músicos de jazz, mantendo-se o seu consumo sempre restrito a um grupo muito reduzido de pessoas até ao início dos anos sessenta. Foi quando surgiu o movimento denominado de "Provo", um grupo cultural alternativo de jovens, similar ao posterior movimento "Hippies", que centrava na provocação e no achincalhar das autoridades com propósitos lúdicos. Mas a polícia ainda não sabia rigorosamente nada sobre a cannabis, exceto que era contra a lei. Não sabiam sequer como é que o haxixe e a marijuana se pareciam. A reação do movimento "Provo" consistiu no popularmente chamado jogo de marionete. Eles provocavam as autoridades para que pudessem ser presos devido a várias falsificações de haxixe e marijuana, por exemplo, folhas secas, comida de cachorro, etc. Frequentemente informavam à imprensa, sobre os logros, para que assim pudessem ridicularizar as autoridades. Outra das suas ações era a "Lowlands Weed Company" que, explorando uma falha na lei, vendia pequenas plantas de cânhamo desenvolvidas a partir das sementes para as aves.

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No começo dos anos 70 o governo fez alguns estudos sobre drogas. O relatório Baan (1972) e o relatório Cohen (1975) propuseram a legalização da cannabis. Mas o governo achou que nessa altura não o podiam fazer devido aos tratados internacionais e as perspectivas dos outros países europeus. O relatório Cohen, se bem que rejeita-se a "teoria do degrau"(teoria essa que diz que o consumo de cannabis faz com que o usuário parta para o consumo de drogas mais pesadas), alertou para que no contexto ilícito em que se encontravam os usuários de cannabis, poderiam facilmente entrar em contacto com outras drogas. Em 1978 o governo alterou a lei fazendo então uma distinção entre drogas leves e drogas pesadas. A partir daí a posse e a venda de pequenas quantidades de cannabis passou a ser considerada uma ofensa menor. A lei baseia-se na separação do mercado da cannabis do mercado das drogas pesadas.

A venda de pequenas quantidades de cannabis nos coffeeshops e em clubes de jovens passou a ser tolerada em certas condições, já que assim os consumidores de cannabis ficariam afastados do mercado negro.
Durante os últimos anos tem existido alguns novos desenvolvimentos. Primeiro, em algumas cidades o número de coffeeshops cresceu rapidamente. Também se desenvolveu, quer em quantidade quer em qualidade, a produção local de marijuana. Assim como em algumas cidades perto da fronteira o turismo relacionado com a droga tornou-se um problema, em especial devido ao tóxicodependentes em drogas pesadas. Esta situação é também resultado da política européia de redução dos controles de fronteiras. Esta evolução despertou alguma preocupação em alguns políticos.


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"A Holanda fará mudanças na sua política de drogas, até agora a mais liberal do mundo. Esta foi a conclusão do parlamento após tratar do assunto. Como era esperado, os famosos Coffee Shops, onde se pode comprar pequenas quantidades de drogas leves, não ficaram de fora da discussão.
Rutger van Santen
O governo planeja proibir as chamadas growshops, lojas onde os clientes podem comprar sementes e outros artigos para cultivar maconha dentro de casa. O ministro da Justiça, Ernst Hirsch Ballin, disse, durante o debate parlamentar, que dentro de poucos meses haverá uma mudança nas leis que impossibilitará o cultivo caseiro da cannabis e vai impor duras sanções a quem não obedecer a legislação.
Endurecimento da lei
A maioria da Câmara deu seu apoio aos planos do ministro de endurecer a lei que regula o uso, cultivo e venda de drogas. O representante do partido majoritário no governo, a Democracia Cristã, sugeriu o fechamento dos Coffee Shops, onde qualquer pessoa pode comprar ou consumir uma pequena quantidade de drogas brandas. É provável que a maioria dos parlamentares também aprovem a medida.
Essa situação é resultado da combinação das atuais forças políticas no governo e se trata da aliança mais conservadora dos últimos anos. A coalizão governamental é composta por três partidos: a Democracia Cristã (CDA), os sociais democratas do PvdA e a União Cristã, um pequeno partido de filosofia cristã.
O partido que mudou sua posição de maneira mais notória foi o PvdA. Para surpresa da oposição progressista no parlamento, os sociais democratas aprovaram quase todas as medidas restritivas dos seus aliados de governo. Com a posição claramente conservadora dos liberais do VVD e da extrema direita do PPV, pela primeira vez em 30 anos a Holanda está prestes a mudar sua política sobre o tema.
A oposição de esquerda declarou que as mudanças anunciadas são um desastre. É verdade que a política de drogas holandesa recebeu muitas críticas em muitos países, argumenta a esquerda, mas se pode falar de sucesso. Por exemplo, há muitos anos a Holanda está entre os países com menos mortes relacionadas com as drogas.
Princípios políticos
De acordo com os especialistas, a boa colocação do país se deve em grande parte à transparência do sistema, à rigorosa divisão entre drogas brandas e pesadas e ao atendimento eficiente aos dependentes químicos.
O governo quer pôr um ponto final à política liberal de drogas por princípios políticos e porque se opõe às normas gerais da União Européia. Entretanto essas mudanças chegam, paradoxalmente, num momento em que muitos governos europeus começam a considerar a possibilidade de seguir o exemplo holandês por ser considerado vitorioso."

Fonte


É, não deu tão certo assim... porque mané é mané também na Holanda.

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Agora tem um povo famoso pelo aço que fabrica que não tem muitos manés não (os que tem lá devem ter passeado na Holanda)

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Modelo sueco de controle de drogas é elogiado pelo UNODC

Estocolmo, 7 de setembro - O modelo sueco de prevenção e controle de drogas foi elogiado pelo Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC), Antonio Maria Costa. Para ele, os países podem aprender muito com o modelo bem-sucedido da Suécia em prevenção às drogas.
Na Suécia, o número de dependentes químicos é um terço da média européia - com gastos em prevenção três vezes maiores que a média do continente. Os dados estão na publicação intitulada "Sweden's Successful Drug Policy: A Review of the Evidence" ("A Bem-sucedida Estratégia de Drogas da Suécia: uma Revisão dos Fatos").
Para o UNODC, o bom resultado sueco é fruto de anos de esforço na área de prevenção. Para Costa, "Em relação às drogas, as sociedades têm os problemas que elas merecem. O caso sueco deixa isso claro: o comprometimento com a prevenção, o apoio jurídico, a redução da demanda e o tratamento nos últimos trinta anos mostram a diferença". Costa acrescentou que aqueles que duvidam da eficiência do controle as drogas deveriam olhar para o caso da Suécia, que além de mostrar que o controle é possível, deixa claro porque ele é necessário.
O documento mostra que o uso de anfetamina na Suécia foi maior na década de 50, quando o acesso a esses estimulantes era muito fácil. O uso de drogas aumentou na segunda metade da década de 60, durante um período de liberação de políticas contra as drogas, mas diminuiu consideravelmente nas décadas de 70 e 80 com um controle mais rigoroso do consumo e tráfico de drogas. O uso de drogas voltou a aumentar nos anos 90, devido a cortes no orçamento, desemprego e a oferta crescente de drogas. Mas a partir de 2001 houve uma clara tendência de queda, com melhor financiamento, com o Plano de Ação Nacional e com o estabelecimento de um Coordenador Nacional de Drogas. O Diretor Executivo do UNODC elogiou a cultura da prevenção e do tratamento do uso de drogas na Suécia. "As políticas de longo prazo, bem-estruturadas, com financiamento estável e apoio da sociedade civil são vitais para o sucesso", disse Costa. Ele ressaltou a forte correlação entre os esforços do governo sueco - que focaram a maconha e estimulantes do grupo anfetamínico - e a redução geral no uso de drogas. "As lições da história do controle de drogas da Suécia, devem ser aprendidas por outros países", disse Costa.
O governo sueco recebeu com orgulho as palavras do Diretor Executivo do UNODC. "Estou muito satisfeito que o relatório elogie a Suécia como um exemplo bem-sucedido. Mas isso não significa que nós vencemos a luta contra as drogas. O trabalho deve continuar todos os dias. Medidas preventivas são necessárias. Nós também devemos melhorar a reabilitação de pessoas com problemas de uso de drogas", disse o Ministro da Saúde e Serviços Sociais da Suécia, Morgan Johansson.
Antonio Maria Costa elogiou os esforços da Suécia para promover o controle internacional de drogas e agradeceu o país por seu apoio ao UNODC. "No que diz respeito ao controle de drogas, a Suécia faz o que diz. É uma força propulsora em assegurar a execução dos alvos internacionais do controle de drogas".


Tem também um povinho que a gente espera que "Jamais venha cá" exeeemplo de modernidade, filosofia, desenvolvimento, progresso, influência no mundo e famoso pelo seu hábito mais conhecido:


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História das Drogas na Holanda DaggeringnaJamaica

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